domingo, 19 de junho de 2011

Escrever


Ensinar alguém a ler e escrever é possibilitar-lhe o acesso ao mundo.

Escrever é uma ação efetivamente humana. Talvez, a mais humana e humanizadora. Escrever dá forma ao pensamento, retira a condição de abstrato e torna concreto tudo aquilo em que acreditamos. É quando se está escrevendo para alguém ou para si mesmo que nós nos humanizamos. Afinal, só nos socializamos no ato comunicativo. E é na enunciação que as distâncias entre nós se diluem.

Este espaço que estou abrindo agora é um espaço de escrita, de reflexão, de exposição, de paixão, de comunicação. É mais uma ponte que une a mim os meus amigos, alunos, ex-alunos, familiares, admiradores, perseguidores, enfim, é um lugar sagrado à conversação.
Sejam todos bem-vindos!

sábado, 20 de dezembro de 2008

Novos Tempos, Novas Posturas (Para Concurseiros)

O hábito da leitura, a prática da escrita, a proatividade frente ao conhecimento e a reverência à aprendizagem permanente são algumas das características constitutivas do comportamento de quem quer ser aprovado em um concurso público. Afinal, a grande jornada de um “concurseiro” exige a construção de um novo comportamento voltado efetivamente para o saber.
O ato de ler não pode ser encarado como mero pré-requisito nesse processo. A leitura deve ser inteligentemente conduzida e tecnicamente produzida. Deve ter relação diretamente proporcional entre a qualidade e a quantidade do que se lê. A criação de projetos de leitura, por exemplo, terá grande impacto na expansão e no aprofundamento da informação. Se se deseja ter uma visão panorâmica de mundo — e isso é de suma importância —, constrói-se um projeto de leitura para isso. A leitura de obras, como “Uma Breve História do Mundo” e “Uma Breve História do Século XX” (Editora Fundamentos, ambos), ambas do historiador americano Geoffrey Blainey, e “Era dos Extremos: o Breve Século XX” (Cia. Das Letras), do escritor e historiador inglês Eric Hobsbawn, organizadamente e inteligentemente conduzida seria capaz de dar essa visão.
Outro aspecto da leitura que deve ser observado é o saber ler. Ler não é apenas decodificar ou compreender a camada gráfica superficial e imediata do texto. É isso também. Para Antônio Vieira Salomon, escritor de obras acadêmicas, como Aprender a Aprender (Editora Vozes), a qualidade do leitor é a pedra angular da qualidade da leitura e para o alcance informativo que se deseja obter com a leitura que se faz. À inserção intelectual e lingüística do leitor no texto, estará atrelada a compreensão e a construção de sentidos do texto. Os pré-textuais, a intertextualidade e o nível de conhecimento lingüístico do leitor são ferramentas que devem se associar à aplicação de técnicas de leitura e de retenção de informação para que se extraia o máximo de cada leitura.
É nesse contexto de leituras e retenção de informação que surge com veemência a atividade da escrita. Estudar escrevendo não é tarefa nova na vida do ensino/aprendizado. No entanto, é tarefa pouco utilizada como ferramenta de estudo. Frases-síntese, resumos, fichamentos, esquemas, há uma gama de atividades que envolvem a escrita capazes de reter a informação. Saber fichar ou resumir um texto é tarefa intrínseca ao ato de ler. Ao sublinhar as idéias centrais de um texto, tem-se em mão a matéria-prima do fichamento e do resumo, isto é, as informações com que se irão produzir tais trabalhos. Um resumo de boa qualidade é capaz de oferecer-se, ao mesmo tempo, como produto da boa leitura e produtor de informação.
É essencial, portanto, ser proativo em relação ao conhecimento. O que significa que o candidato a uma vaga no serviço público deve estar em uma demanda pela informação que vai além da simples obrigação de “bater” conteúdos programáticos ou “fechar” determinadas matérias. É preciso mais. Estar aberto a novas releituras, ser solícito diante da possibilidade do debate, estar disponível para a discussão é permitir-se o aperfeiçoamento do conhecimento e a correção do equívoco. Liderar buscas de informação, organizar as informações, criar repertórios são ações proativas da gestão do conhecimento.
Os novos tempos exigem novas posturas. No mundo dos concursos públicos não é diferente. Quem deseja vencer a corrida por uma vaga tem que se adequar a essa etapa da vida que pode ser estafante e sacrificante, mas certamente, se bem alicerçada, será vitoriosa.

terça-feira, 21 de outubro de 2008

Novos Tempos, Posturas Renovadas

O mundo mudou. Sente-se essa mudança em tudo. O novo milênio chegou e tem-se exigido também uma outra postura de nós, muitas vezes impregnados de arcaísmos e de paradigmas obsoletos. Porém, como se adequar a esses novos tempos? Como ser coerente com as novas realidades?
Todo esse clima faz surgir uma nova literatura - específica para abordar todos os conceitos e tecnologias da informação que emergiram, sobretudo, a partir de 1990. Por exemplo, em janeito de 2001, a revista Vencer! trouxe como matéria de capa a seguinte manchete: "Você é um profissional do futuro?". Matérias como esta surgiram aos milhares, apresentando toda sorte de características e de perfis que deveriam ser perseguidos por quem desejava uma vaga no mercado de trabalho.
O ponto comum de todas as matérias, artigos e editoriais aludiam a temática das transformações ocorridas entre a Era da Industrialização e a Era da Informação. Tais transformações evidenciaram o principal alvo desse processo: o capital humano.
Hoje, filósofos, professores, gestores de Recursos Humanos, empresários, psicólogos são unânimes em afirmar que agora é a vez do homem. E, nesse contexto, muitos afirmam que nunca, em toda a história da humanidade, houve tamanha liberdade para o homem escolher o que deseja para a sua vida. No entanto, também são unânimes em outra questão: falta capacidade de gestão de si mesmo, isto é, nas palavras de Peter Drucker, "ainda com toda essa liberdade, não estamos preparados para gerirmos a nós mesmos", declara o professor da Universidade de Nova York.
Assim, pensar em Pós-Graduação, dois idiomas falados e escritos fluentemente, capacidade de liderança, visão de mercado, competências e habilidades cognitivas, MBAs, tudo isso como ferramentas para chegar à paridade com o novo mundo, vale lembrar que hoje se exige mais que isso. O mercado e os rumos do desenvolvimento globalizado do mundo têm exigido muitas outras caracteristicas de um ser de múltiplas inteligências.
Por tudo isso, é inquestionável a idéia de que as potencialidades individuais do ser humano farão a diferença nesta nova ordem de crescimento profissional e pessoal. Porém, convém lembrar que, para tanto, o esforço de cada um será medido pela sua posição numa escala de vencedores, onde ser bom significa estar entre os melhores.
Prof. Adeildo Júnior (em 31/01/2004)